Pereira, Ângelo D. JOÃO VI PRÍNCIPE E REI – A Retirada da Família Real para o Brasil (1807), Empresa Nacional de Publicidade, Lisboa, M.CM.LIII [1953].
Pereira, Ângelo
D. JOÃO VI PRÍNCIPE E REI – A Retirada da Família Real para o Brasil (1807), Empresa Nacional de Publicidade, Lisboa, M.CM.LIII [1953].
In-8º gr., de 304-(2) pp., brochado. Volume I da obra D. João VI Príncipe e Rei, que saíu em 4 volumes independentes, entre 1953 e 58. Ilustrações fora do texto, em papel couché, maioritariamente a preto e br., e miniaturas desenhadas, de remate.
Ângelo Pereira (1886-1975), pesquisador e funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros, fez públicos os documentos que possuía sobre D. João VI e o seu reinado. Segundo informa Ana Cannas, directora do Arquivo Histórico Ultramarino, a maioria, se não a totalidade dessa documentação, teria feito “parte do Real Gabinete de D. João VI, uma espécie de arquivo corrente ou intermediário que funcionou fisicamente perto do monarca, de forma móvel, inclusive no Rio de Janeiro. A documentação era congregada neste Gabinete por razões de proximidade do despacho e/ou de reserva da informação nela contida, caso de pareceres de conselheiros, por exemplo, sobre a abertura dos portos e o sistema de governação no Brasil ou sobre o casamento dos infantes, correspondência diplomática mais delicada, documentação relativa às finanças ou à Guerra Peninsular, como a apreendida às tropas napoleônicas em Portugal ou ainda uma autorização régia de saída do Brasil de D. Carlota Joaquina (não concretizada). A documentação terá passado para as mãos de Francisco de Almeida Portugal, Conde do Lavradio (1797-1870) por via da Infanta D. Isabel Maria, filha de D. João VI, e que lhe sucedeu como regente em março de 1826, para que o mesmo Conde, seu ministro, publicasse um estudo sobre o rei. Lavradio tinha uma das melhores colecções de manuscritos antigos e aquela documentação do Real Gabinete ficou na posse da família até ao 6º Marquês de Lavradio, D. José Maria Espírito Santo de Almeida Correia de Sá Portugal (1874-1945). Colocada à venda por mais de uma vez, foi-o em 1947 junto do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e parte acabou por ser comprada pelo industrial e estudioso brasileiro Marcos Carneiro de Mendonça, que a conservou no seu Arquivo do Cosme Velho no Rio de Janeiro. Em 1995, a Academia Brasileira de Letras, que entretanto recebera esta documentação, doou-a ao Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Ângelo Pereira (…) terá comprado outra parte deste arquivo na década de 40”. (in http://wpro.rio.rj.gov.br/revistaagcrj/wp-content/uploads/2016/10/e02_a08-1.pdf)
Estado de conservação: papel c/ acidez, mais acentuada nas extremidades das capas e lombada; sinais de uso.
Dim.: 26 x 19,5 cm