Arrais, Frei Amador DIÁLOGOS DE D. FREI AMADOR ARRAIS, Lello & Irmão ― Editores, Porto, 1974.


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  • Refª.: l-1006950

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Arrais, Frei Amador

DIÁLOGOS DE D. FREI AMADOR ARRAIS,  Lello & Irmão ― Editores, Porto, 1974.

In-4º, de XXXViI-815 pp.  Encadernado inteiramente em sintético castanho, patinado e mosqueado a imitar pele, rotulado a vermelho na lombada e decorado a dourado.  Tem guardas em papel de fantasia e foi impresso em papel-bíblia. Título incluído na colecção Tesouros da Literatura e da História, apresenta introdução de M. Lopes de Almeida, que se encarregou também da revisão da obra.  Ilustrada, no texto introdutório, a preto e br.

“Esta 4ª edição dos Diálogos de D. Fr. Amador Arrais reproduz com inteira fidelidade o texto da edição publicada em Lisboa, na Typographia Rollandiana, 1846.  Empregou-se ― confessou então o editor responsável ― toda a diligência nesta impressão para ser em tudo conforme à segunda, por haver sido reformada e acrescentada pelo Autor com avantajada perfeição; mas confrontou-se sempre com a primeira, como mais correcta, e a ela são devidas, se não todas, a maior parte das alterações que nesta edição se fizeram, e que vão apontadas no final da Obra.”  (> da Nota Editorial)

A edição prínceps é de 1589, do impressor António de Mariz.  A 2ª, de 1604, é da oficina de Diogo Gomes Loureiro, impressor da Universidade de Coimbra.

Os Diálogos constituem-se como “simples conversas à beira de um doente, Antíoco, que é sucessivamente visitado por dez amigos (um médico, um pregador, um fidalgo, legistas, etc.)”. (in Antº J. Saraiva/ Óscar Lopes, Hist. da Literatura Portuguesa, Porto Ed., s.l., s.d., 2ª ed., a p. 370)  Refere o A. que terão sido iniciados por seu irmão, dr. Jerónimo Arrais, e continuadas por ele.  Assume ter sido sua a opção da redacção em Português, afirmando pela boca de Antíoco, representativa do autor: “E tenho por melhor lingoagem a nossa Portugueza que a de Italia, porque em menos palavras contem mòres conceitos, & com menos rodeos & mais graves termos descobre o que se pretende; alem de conservar manifestos vestígios da lingoa latina, que foi hũa das três do mundo mais esclarecida.”  (> Diálogo terceiro, p. 110)

Uma achega p/ a biografia de fr. Amador Arrais (Beja, 1530 ?-1600), na redacção de Innocêncio F. Silva (I, 52-3), em:  http://escritoreslusofonos.net/2018/10/22/d-frei-amador-arrais/ 

Ver tb Barbosa Machado I, 122-124; Samodães, 60-205.

Dim.:  25,5 x 20  cm