S. Boaventura, fr. Fortunato de COLECÇÃO DE INÉDITOS PORTUGUESES DOS SÉCULOS XIV E XV, 3 vol., Comissão Organizadora do Congresso Internacional «Bartolomeu Dias e a sua Época», Porto, 1988.
S. Boaventura, fr. Fortunato de
COLECÇÃO DE INÉDITOS PORTUGUESES DOS SÉCULOS XIV E XV, 3 vol., Comissão Organizadora do Congresso Internacional «Bartolomeu Dias e a sua Época», Porto, 1988.
In-4º, de XV-317, XV-299-(1) e 232 pp., para cada um dos volumes, respectivamente. Brochados. Por abrir.
Publicados por iniciativa da Comissão Organizadora do Congresso Internacional «Bartolomeu Dias e a sua Época», no Vº centenário da passagem do Cabo da Boa Esperança e incluído no Programa Nacional de Edições dos Descobrimentos Portugueses. A obra reproduz por fac-simile a edição existente na Biblioteca Pública Municipal do Porto e apresenta um estudo introdutório pelo prof. José Marques.
Remetemos a biografia do A. para Innocêncio da Silva:
“D. Fr. Fortunato de S. Boaventura, foi natural da villa de Alcobaça, e de familia honrada, mas pouco abundante de bens, pois me dizem que seu pae exercia ali a profissão de livreiro. Devia nascer pelos annos de 1778, a serem exactas as informações dadas por seu irmão, que diz contar elle ao tempo do falecimento 66 annos d’edade. Professou a regra de S. Bernardo no mosteiro da sua patria a 25 de Agosto de 1795. Passou a Coimbra, para ahi frequentar os estudos preparatorios, e matriculando-se depois no curso theologico da Universidade, recebeu o grau de Doutor n’aquella faculdade. Destinando-se ao magisterio, foi primeiramente professor no collegio das Artes, e depois subiu a Lente de Theologia, em cujo exercicio esteve por alguns anos. O sr. D. Miguel, querendo premiar a devoção que elle lhe dedicava e aproveitar os seus talentos, o nomeou em 27 de Agosto de 1831 Reformador Geral dos Estudos, e a 29 de Setembro do mesmo anno Arcebispo d’ Évora, sendo confirmado pelo Summo Pontifice Gregorio XVI, e sagrado a 3 de Junho de 1832. Tomou posse da cadeira metropolitana da referida cidade, que governou pouco tempo, pois teve de ausentar-se do reino em Junho de 1834, restabelecido o governo constitucional, do qual sempre se mostrára intrepido e implacavel adversario, combatendo as doutrinas liberaes de palavra e por escripto, durante mais de dez annos consecutivos. Refugiando se na Itália, assentou em Roma a sua residencia, d’ onde sahia comtudo nos estios, precavendo-se contra as febres que n’ essa quadra costumavam causar tamanhos estragos n’aquella cidade. O estudo e trabalhos litterarios, que nunca abandonava, lhe subministravam unicamente algum lenitivo, servindo-lhe de conforto, para passar menos attribulados os dias de uma vida angustiada, qual não podia deixar de ser a sua em tal situação, vendo triumphar desafrontadamente na patria principios e doutrinas, contra as quaes tão deveras se pronunciára! M[orreu] em Dezembro de 1844”. Innocêncio, II, 309.
Bibliografia de fr. Fortunato de S. Boaventura em:
http://ascendensblog.blogspot.pt/2014/11/obras-de-d-fr-fortunato-de-s-boaventura.html
Estado de conservação: lombada c/ ligeira acidez; carimbos de posse vários e disseminados.
Dim.: 23,5 x 16 cm