Santos, Reynaldo dos OS PRIMITIVOS PORTUGUESES (1450-1550), Academia Nacional de Belas artes, Lisboa, 1957.
Santos, Reynaldo dos
OS PRIMITIVOS PORTUGUESES (1450-1550), Academia Nacional de Belas artes, Lisboa, 1957.
In-4º major, de 68-(CXCI)-(9) pp., encadernado por inteiro em marroquin vermelho c/ bonitos dourados nas pastas e lombada; vem acompanhado da cx protectora de cartão. Topo do corte das ff carminado. Conserva as capas de brochura.
2ª edição revista e aumentada pontualmente no texto ― as 68 pp. numeradas iniciais ― e muito no que respeita as ilustrações, relativas aos painéis e de gr. qualidade, contando c/ mais 24 estampas (em pp. não numeradas), num total de 191, algumas das quais desdobráveis, sendo a maioria a preto e br., embora conte também c/ algumas gravuras coloridas e disseminadas de pág. inteira. Todas as ilustrações estão protegidas por folha de papel celofane. Apresenta texto em Pcau
ortuguês, ilustrado c/ peq. desenhos, que é seguido da sua tradução para Francês.
A edição princeps acompanhou a Exposição dos Primitivos Portugueses, realizada no Museu das Janelas Verdes (hoje Museu Nac. de Arte Antiga), por ocasião das Comemorações Nacionais de 1940, fomentadas por Oliveira Salazar.
Para esta edição de luxo e de comemoração dos feitos de Portugal contribuíram: o fotógrafo Mário Novais, Raúl Lino, Reynaldo dos Santos e Álvaro Malta (desenhos). Mas o maior contributo que essa exposição veio dar à Arte portuguesa foi a recuperação e divulgação dos painéis e retábulos diversos (c. 600) que se encontravam esquecidos e degradados nas caves das instituições, em igrejas e conventos e em casas particulares. Atrevemo-nos mesmo a afirmar que, a partir daí, os portugueses passaram a olhar c/ gr. interesse toda a sua iconografia inicial, que tem vindo a ser estudada, interpretada e integrada significativamente no curso da História nacional.
A designação de Primitivos Portugueses tem-se mantido e ainda hoje designa os pintores que floresceram c/ a dinâmica dinastia de Avis, em diversos períodos, desde os áureos anos de D. Afonso V, até ao final do reinado de D. João III (c. 1450 a 1550) e onde pontua desde logo o nome de Nuno Gonçalves, mas que inclui também as produções artísticas de frei Carlos e Vicente Gil, dos mestres do Sardoal, da Lourinhã, da Charola de Tomar, de Santigo e dos Arcos, Gaspar Vaz, Cristóvão de Figueiredo, Vasco Fernandes, Cristóvão de Morais, etc.
Trata-se de uma obra marcante p/ o curso da História da Arte em Portugal, imprescindível em qualquer biblioteca pública e privada.
Sobre o prof. Reynaldo dos Santos (Vila Franca de Xira, 1880-1970) ver: http://coloquio.gulbenkian.pt/al/sirius.exe/directores?RS
Estado de conservação: cx c/ sinais de manuseamento e reforço na base.
Dim.: 32 x 25 cm (livro)